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4 de jul. de 2008

Íntima Frustação.


Leio minha vida
como um premio-maior
e desse jeito,
sigo em frente,
fraco,
forte,
comum,
satisfeito.

Mas o caminhar mostra-me
muitas caras,
muitos mundos,
muitos senões,
em que a maior parte
das outras vidas,
dos outros seres,
das pessoas ou
dos passantes,
que nunca vão ter,
nunca tiveram,
nem o mínimo que tenho.

É estranho esse sentimento,
esse "não ter jeito" de fazer,
essa impotência acrescida de
íntima frustração.

Nos dias de agora,
é difícil até ajudar,
ainda mais se julgar capaz
de se dar, de prover,
alguma ajuda relevante.

Então na expectativa
de abrandar minha consciência,
minha desculpa menor de sentidos.
Tento ajudar,
contando passagens,
escrevendo o amor,
a revolta,
o ciúme,
o crime da desigualdade,
o sabor da esperança,
as lembranças.

Sei que faço pouco,
mas posso ao menos,
tornar-me companhia,
companheiro,
um ouvido.

Propondo,
instigando perguntas,
oferecendo poucas respostas,
em momentos de solidão,
na hora da tristeza,
em um fim de dia.



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2 comentários:

R.Cássia Púlice disse...

Nem tão comum...
Um companheiro de esperanças...
Mago das letras, fantasiando ilusões... Obrigada. Bjks

Anônimo disse...

Poeta, teu poema é uma grande reflexão, da vida, dos caminhos, dos conhecimentos a cada instante, em momentos achamos que podemos fazer algo, mas o mais certo é ser companhia, companheiro, um ouvido, falar... falar só de amor, de alegrias, de sonhos bons, de esperança no amanhã, tudo que engrandece o instante e o torne eterno. Nossos corações te agradecem por ser o que És!


Sei que faço pouco,
mas posso ao menos,
tornar-me companhia,
companheiro,
um ouvido.

Propondo,
instigando perguntas,
oferecendo poucas respostas,
em momentos de solidão,
na hora da tristeza,
em um fim de dia.

No passar das nossas vidas, ter um companheiro(a), uma mão, é o mais importante, principalmente no fim de mais um dia! Parabéns menino, lindo teus sentimentos! Kkkk

Te beijo