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22 de fev. de 2012

Rosas ... Belezas ... Lembranças...






Alguns homens de branco diriam
sérios...
_ Durma, descanse,
não viva para tentar sobreviver.

Como não viver, se tento lutar
justamente por isso.
Loucos cuidadores do físico.
Imbecis ignorantes dos sentimentos,
das vontades, do momento bonito
de um sonho,
do belo despertar
de um sorriso.

Por isso,
nesse curto espaço de paz,
vou tratar da perplexidade,
da beleza efêmera das
insignificâncias.

No longo caminho percorrido,
deparei-me com a vida,
encantei-me com a sorte,
ao reconhecer as sutilezas.

Embriaguei meu sangue com o sabor,
das mulheres que me tiveram e
com aquelas que me doei por tudo.

Com o fazer beicinho dos recém-nascidos.
Com as canções, que além dos sons,
nos trazem lágrimas e esperanças.

_ Que vão para o inferno primeiro,
as dores,
as ânsias,
o destino contado.
_ Dane-se ao termino,
ao fim,
ao infinito descanso.

Como não festejar o inicio de uma paixão,
quando o dia nasce do jeito que gostamos,
o coração bate sorrindo.
o sangue corre alegre, nos fazendo rir
de nós mesmos?

E o sorrir disfarçado da menina educada,
quando solicito, o pai, a mostra com orgulho.
Nada mais intrigante e perdoado,
que o desdém dos adolescentes,
em sua luta constante,
com sabe deus "o que"...
Mas que todos nós, um dia,
o sabíamos muito bem.

A beleza serena de uma mulher que
estar por parir.
Seu singelo rosto redondo,
como será a bundinha de seu rebento,
lisinha e linda como um sinal
de que a pureza se propaga.

Como não chorar com aqueles finais
felizes dos filmes de colégios,
que nos remetem a tempos de sonhos
e fantasias.

_ A música parou.
_ Imagens feias me vem à mente.
_ Chega, volta a soar Roxanne,
volto assim rápido para meu vôo.

Quem não admira o fervor de um atleta
que mesmo não ganhando,
tem no brilho de seus olhos,
enormes faíscas de orgulho,
tornando-o semideus dele mesmo.

Quem nunca se emocionou com aquela
rosa solta, única,
em um jardim qualquer,
a lembrar da beleza pela vitoria
de mostrar a conquista pela vida.

Você, que ao lembrar-se de dias tristes,
no meio dos soluços, não recorda rápido
e sorri, como que revivendo a doçura
nos olhos alegres do filho,
dizendo que, mesmo depois de tudo,
ainda te ama demais.

Lembrando do primeiro baile,
da primeira dança,
como nos faz bem,
ainda hoje à dúvida ou a quase
certeza, que "aquela"
pessoa sorrio pra você.

Quando da chuva ao entardecer,
mesmo receosos, nos pomos a admirar,
o negro fora de hora,
das vontades dos ventos,
do humor carrancudo,
de cada um de seus deuses.

Pois é...

Muito mais ainda o que dizer.
O que por delicado que seja,
lindo que pareça,
ainda é a vida.

O melhor a fazer então,
é dar valor as pequenas ilusões
e apostar sempre que o inicio
e o fim da beleza de um sorriso,
de um dia feliz,
é apenas mais um pedaço de
vida que se vai.

Sem medo,
mas com muitos arrependimentos...

Sabendo desde já,
que tudo passa,
até a vida real
de quem viveu sem ilusão.




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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

Um comentário:

R.Cássia Púlice disse...

Assim é a vida... Sentida, vivida, querida...
Que bom poder viver e aprender sempre um pouco mais com a vida. Simples assim!
Bjks.