Saudade...
O que fazer com essa saudade?
Como matar de vez essa falta que me faz?
Como dizer para ela:
hoje não, agora não, me esquece,
saí fora, me deixa em paz?
Uma melodia,
um sorriso,
algum lugar,
um simples gesto,
palavras, mudez,
um toque,
um beijo,
meras dores,
extremas e loucas lembranças.
Qual a razão de não mandar notícias?
Eu tenho que ficar remoendo histórias,
vasculhando minha imaginação,
adivinhando em letras e sonhos,
como você está.
Tua ausência dói,
a falta que não te faço é bem sentida,
como coração partido em primeiro amor.
Você tem que morar no meu esquecimento,
mas os caminhos, as noites,
incubem-se de fazer com que essa ferida não sare
demonstrando que você ainda esta viva, queima,
como brasa ardente, por aqui.
É minha menina,
deixaste um corpo, meu corpo, marcado,
onde um coração mergulhado de paixão,
que você plantou,
mas não regou com teus anseios,
deixando de cuidar.
Achei que a falta do dia a dia,
murcharia essa fugaz planta de amor...
Mas como afirmar com certeza,
que ela é frágil?
Mina realidade é que mesmo longe, você está aqui.
Na boca ainda teu gosto,
Nos olhos apenas teu sorriso,
Na pele, teu perfume ficou entranhado,
depois dos dengos e carinhos da hora do prazer.
Sei que posso te ligar,
ouvir tua voz, saber você.
Só alimentaria meus desejos e volúpias insanas
com você.
Outra vez não.
Vou curar o coração e recompor meus sentimentos.
Quem sabe um dia nos cruzamos pela vida.
Agora, apenas em letras, vou curtindo a saudade,
te buscando em outras mulheres,
sentindo o peito arfar a cada nova curva,
a cada novo gosto, sempre pensando em te achar.
Fica na tua vida,
que eu
vou caminhando minha saudade.
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Um comentário:
A saudade, mesmo quando dói, ainda transforma palavras e demonstra sentimentos lindos...
Neles, se entranha a esperança, quiçá um dia, a saudade acabar...
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