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1 de mar. de 2013

Caminhando minha saudade...


Saudade...
O que fazer com essa saudade?
Como matar de vez essa falta que me faz?

Como dizer para ela:
hoje não, agora não, me esquece,
saí fora, me deixa em paz?

Uma melodia,
um sorriso,
algum lugar,
um simples gesto,
palavras, mudez,
um toque,
um beijo,
meras dores,
extremas e loucas lembranças.

Qual a razão de não mandar notícias?

Eu tenho que ficar remoendo histórias,
vasculhando minha imaginação,
adivinhando em letras e sonhos,
como você está.

Tua ausência dói,
a falta que não te faço é bem sentida,
como coração partido em primeiro amor.

Você tem que morar no meu esquecimento,
mas os caminhos, as noites,
incubem-se de fazer com que essa ferida não sare
demonstrando que você ainda esta viva, queima,
como brasa ardente, por aqui.

É minha menina,
deixaste um corpo, meu corpo, marcado,
onde um coração mergulhado de paixão,
que você plantou,
mas não regou com teus anseios,
deixando de cuidar.

Achei que a falta do dia a dia,
murcharia essa fugaz planta de amor...
Mas como afirmar com certeza,
que ela é frágil?

Mina realidade é que mesmo longe, você está aqui.
Na boca ainda teu gosto,
Nos olhos apenas teu sorriso,
Na pele, teu perfume ficou entranhado,
depois dos dengos e carinhos da hora do prazer.

Sei que posso te ligar,
ouvir tua voz, saber você.

Só alimentaria meus desejos e volúpias insanas
com você.

Outra vez não.

Vou curar o coração e recompor meus sentimentos.
Quem sabe um dia nos cruzamos pela vida.
Agora, apenas em letras, vou curtindo a saudade,
te buscando em outras mulheres,
sentindo o peito arfar a cada nova curva,
a cada novo gosto, sempre pensando em te achar.

Fica na tua vida, 
que eu
vou caminhando minha saudade.


Creative Commons License Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

Um comentário:

R.Cássia Púlice disse...

A saudade, mesmo quando dói, ainda transforma palavras e demonstra sentimentos lindos...
Neles, se entranha a esperança, quiçá um dia, a saudade acabar...