Eu iria falar de Amor.
Daquele amor sincero, olhos nos olhos,
frio no coração.
Aquela dor gostosa,
de ter muito medo de perder tudo.
Daqueles momentos
que só quem já amou um dia,
conhece bem.
Daquela vontade de repartir,
de conquistar todas as coisas.
Mas não para retê-las
no egoísmo material da posse,
mas doá-las, no sentimento
nobre do amar.
Se não estivesse fora de moda.
Eu iria falar de Sinceridade.
Sabe, aquele negócio antigo de fidelidade,
respeito mútuo e outras coisas mais.
Aquela sensação que embriaga
mais que a bebida.
Que é ter, numa pessoa só,
a soma de tudo que as vezes
procuramos em muitas.
A admiração pelas virtudes,
aceitação dos defeitos.
E sobretudo, o respeito pela individualidade,
que até julgamos nos pertencerem,
sem o direito de possuir.
Se não estivesse tão fora de moda.
Eu iria falar em Amizade.
O apoio, o interesse, a solidariedade
de uns pelas coisas dos outros
e vice-versa.
A união além dos sentimentos
e a dedicação de compreender
para depois gostar.
Se não estivesse tão fora de moda.
Eu iria falar em Família.
Sim! Família!!!
Pai, mãe, irmãos, irmãs, filhos, lar.
O bem maior de ter uma comunidade
unida pelos laços sanguíneos
e protegidas pelas bênçãos.
Um canto de paz no mundo,
o aconchego da morada,
a fonte de descanso e a renovação das energias.
Família.
O ser humano cumprindo
sua missão mais sublime do sequenciar.
E depois.
Eu iria até, quem sabe,
falar sobre algo como a
Felicidade.
Mas é pena que a felicidade,
como tudo mais,
há muito tempo já está fora de moda.
Sabe de uma coisa menina aniversariante.
Me sinto feliz por estar tão fora de moda.
E você?
Também está fora de moda como eu?
Espero que sim...
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