Cole o Código do Banner

30 de mar. de 2007

Amor proibido...


Meus olhos,
de mãos dadas com a paixão,
passeiam por teu corpo,
colhendo formas,
absorvendo sabores.

Revendo teus lugares de prazer,
sempre tão nossos,
tão arrepios, que só de olhar,
causam fortes gemidos contidos.

Na primeira vez, fomos juntos,
aos poucos, tendo desvendado,
de teu corpo, segredos, vontades,
nunca antes despertados.

Lembro como eras dengo puro,
beija-flor, gatinha-mulher.
Que se encolhia e se aninhava,
perdida no novo do prazer,
na esperança pura do novo amor,
rosnando forte, amparada,
segura por meu peito.

Sei que eras sobrevivente ferida,
com lembranças de uma outra paixão
e que de mim, de nós, muito querias.
e que hoje, a nada se nega.

Mas o passado existe
e não pode ser esquecido.
Eras pertencida em nosso
amor proibido.

E logo a paixão tomou forma de amor.
Nos víamos, no tempo, pouco,
mas no coração,
jamais estávamos distantes.

E hoje, lembrando de você,
vivendo outra vez teu corpo.
Tenho um novo sentimento,
duro, penoso, doído.

Sinto ciúmes de mim mesmo,
por ter permitido,
a esse amor,
um tempo curto demais.


Creative Commons License
Esta obra está licenciada por

Licença
Creative Commons
.

3 comentários:

Anônimo disse...

Poeta, este “Amor Proibido”, me mostra que com todo o ciúme, nada afastará este amor, pois ele é longo pelo tempo, ele é forte pelos pequenos detalhes, pelos risos, pela cumplicidade, mesmo distante ele perdurará, mesmo ausente de corpos estão presente de coração, permanecer na alma de alguém é uma dádiva é estar permanente no coração, este ferrundo sentimento não pode ser maior que o amor cúmplice, o ardor que existe entre dois seres quando se amam é mais forte, é brasa que esquenta a alma e que faz acreditar nos sentimentos mais profundos, onde o ciúme não tem forças reais, ele é só ornamentação deste amor, pois tem que existir a confiança, e isso é fé um no outro, é certeza dos sentimentos sentidos, é veracidade no olhar!


E logo a paixão tomou forma de amor.
Nos víamos, no tempo, pouco,
mas no coração,
jamais estávamos distantes.

O ciúme, é bom em doses homeopáticas kkkkkkkk é a certeza que ainda temos valor pra pessoa que amamos, é uma linda massagem pra nosso ego, sem existir desconfiança, sem falta da cumplicidade total, só a cessação da perda, ai é gostoso! Parabéns poeta, relatas o que todos nós sentimos! Um beijo.

AMELIA disse...

Lindo poema! Um amor verdadeiro, nada separa, nada apaga, nem o tempo, nem o ciume.
E o amor proibído ainda deixou um sabor maior...
Beijos

R.Cássia Púlice disse...

Muito bem escrito, parabéns poeta! Lindas palavras, de uma verdade que pode ser minha ou sua, mas contidas em muitos corações. Mais uma vez conseguiu atingir um alvo...Bjks