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23 de mar. de 2007

Um dia ... Nosso amor...


Ouvindo a música
que renova velhas saudades,

posso sentir a cada toque
do instrumento,

o quanto ainda de você,
sinto falta,

o quanto me és necessária.

Tua dourada presença,
de uma infantilidade
a romper os tabus
de tua sabedoria juvenil,
de única e sólida confiança
em amanhãs coloridos,
por teu sol,
por tuas manhãs de sonhos,
ainda sonhados.

Quando estava perto de você,
sentindo teu calor,
teu perfume indefinível,
pude aproveitar, por momentos,
dessa tua força devastadora,
com que tentavas construir
nosso objetivo comum.

Com tuas palavras,
tuas brigas e orgulhosas retiradas,
constatei surpreso, como um homem
com experiência, e pés no chão,
pode padecer de amores,
por uma pequena fagulha

de esperança, de felicidade.

Uma,
pequenina-menina-menininha,

com horizontes infinitos.

Quando percorríamos imensas
distâncias em nossas mensagens,
em nossos dengos de amor.
Podíamos nos saber curados
de nossa febre.

Sabíamos que nossa "moléstia",
era divina e que sem vírus,
apenas afetava nossos corações.
Afetava com a alegria
de nos saber pertencidos.

Como nossas despedidas eram chorosas,
eram feitas a sombra de nossa árvore.
Era como se nossa cúmplice escondesse
dos outros, nossos pecados,
nossos anseios,
nosso prazer em sentirmos nossas
mãos tornaren-se apenas duas,.

Nossos olhos apenas buscam um único ponto.
Nossas respirações são compassadas
e iguais, já que nossos coração
em um só se transformou.


Como desconfiávamos do nosso futuro.
Como queríamos aproveitar todos os momentos.
Pressentíamos um presente curto,
um futuro inexistente.
Prevíamos tudo,
menos o fim do Amor.

Lembro-me de como suspiravas,
quando em meus braços,
murmurava docemente;
que não sabia como podia respirar,
outro ar, que não fosse o meu.
Como dizias que iríamos juntos
e felizes, ate onde,
não nos seria permitido.

E hoje,
quando o destino, já nos faz distantes,
é que posso avaliar como estávamos certos,
quando temerosos, nos sentíamos em relação
ao futuro.

Agora que nossa música se fez presente,
não posso deixar de te sentir perto,
a meu lado, dentro de meu peito
cansado de te amar,
sem poder ao menos ter notícias tuas.

Te quero ainda hoje,
agora,
todas as manhas,
talvez efemeramente,
mas sim, como te quero.

E como sei ser impossível
realizar este vivido sonho,
te peço apenas para seres feliz,
para encontrares tua realização.

Mas que ao menos, uma vez,
te lembre de tudo o mais
que sonhamos
juntos.

E que mesmo separados,
realizaremos nossos pecados,
nos amando para toda,
nossa eterna lembrança.

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.

2 comentários:

AMELIA disse...

Rilton,
as palavras estão presas na garganta, quanto amor, e quanta premonição, pode haver entre duas pessoas...
Me senti dentro deste poema, parece até que foi feito para mim, só trocaríamos o pronome, seria feminino, falando com o masculino...
Mas, o mais difícil, é quando sabe que este amor, jamais voltará, não nesta vida, pois ele estamos em diferentes esferas...
Lindo, me emocionou muito!!
Parabéns menino

Anônimo disse...

Poeta, o amor é um sentimento e não um momento, este sentimento permanece dentro do peito por toda a vida, nos fazendo sempre sentir falta deste amor, mesmo que o destino tenha sido irresponsável colocando-os em mundos diferentes, em distância kilometricas, pra o coração não existe distâncias, o sentimento não acaba, pois tudo na vida lembrar este grande amor ainda sonhado, por mais que tente esquecer, nada fará esta cura, mesmo que a vida continue e dela se faça o melhor, se tente ser feliz, sempre existirá um vazio, a falta de você próprio com ser e verdadeiro. O encanto do amor está nas coisas mais simples da vida, e com isso ser UM, acreditando no amanhã.

Com tuas palavras,
tuas brigas e orgulhosas retiradas,
constatei surpreso, como um homem
com experiência, e pés no chão,
pode padecer de amores,
por uma pequena fagulha
de esperança, de felicidade.

Uma,
pequenina-menina-menininha,
com horizontes infinitos.

Os horizontes somos nos que enchergamos e damos a eles a dimensão dos nossos sentimentos. Este teu poema é emocionante. Parabéns mais uma vez. Um beijo.