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23 de set. de 2007

Sorrindo Estrelas


Nada pode descrever o quanto de nossa pequenez,
por aqui, agora, se comprova de maneira
tão intensa, tão real.

Vejo teus olhos em lagrimas de saudade,
passando rápido como novelos virgens
de minhas nuvens, que também relampejavam
de saudades, só minhas.

O tempo, o vento se faz forte,
tirano em sua vontade.
Testando nosso senso, nossa tolerância ao incerto.
Uivando sem som, varrendo lembranças,
que deixadas ao sopé da terra,
tingem meu coração com o sangue
venenoso das ausências.

Nada que aqui se possa fazer.
Nada que se possa querer.
Nada de você poderá evitar o incerto.
Nada de mim em você, sinto tão efêmero.

Nas curvas sem a marcação do homem,
seguimos cavalo alado, em sua rima caótica
nas alturas que com seus potentes corações,
nos lançam em direção escolhida, em viagem
intensa ao longe que estamos,
que passo ao largo do teu coração.

O que fazer na distancia de nossos anseios?
O que desejar de você se o desejo se faz ausente?
O que forjar em teu corpo, que não sejam indeléveis marcas,
fincadas em dias passados de harmônica presença?

A penumbra me colhe por inteiro e apenas a luz
que jorra afoita com o vento a singrar entre estrelas,
me afirmam, com certeza, que ainda há corações
a bater, em alguma paragem dessa terra distante
de meus pés, mas tão vizinha de minhas lembranças.

Passando sobre mares e ares desconhecidos,
vulgares em sua existência,
busco o perfume dos teus cabelos,
loiros, negros, lisos ou cerrados,
pouco importa, são teus e me fazem
te adivinhar em teu leito
de sono compartilhado.

Nada posso exigir de tua postura,
que não condene a mim mesmo.
Nessa altura dos dias que se seguiram,
somos apenas mais um acidente de corações.

Estar aqui, nada te faz possível.
Beijar meu rosto, como se boca fosse,
pode denotar posse e dela quero distancia
como essas, que me cercam tão longe da terra.

Parando um pouco na menor das estrelas,
vejo refletido meu coração que chora de lembrança,
que ri de saudade, que promete retorno.

Por isso, estrela maior de minha vida,
segue sorrindo a tuas irmãs do céu,
pois em sol, voltarei para roubar
de vez, teu coração.




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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

6 comentários:

Anônimo disse...

Nada te faz t�o grande diante de t�o bela express�o de sentimentos. Minha pequenez permite sonhar, pedir emprestado o lume das estrelas para sonhar com voltas, retornos apaixonados pelo cora�o. Dolorosa, por�m bela e viajante poesia . Amei!

eLIZ@ disse...

"Que bom... poder está contigo de novo".E compartilhar com seus sentimentos e verdades.
Lindo,sentido e amado esse poema!
Interessante nos seus poemas é essa mescla de sonhos,desejos,viagens e ...realismo.
Esse realismo,as vezes chega a ser cruel!rs

R.Cássia Púlice disse...

Nada é tão ínfimo que não deixe marcas... Tudo tem sentido e é sentido, fortemente, amargamente ou deixando doce saudade...Mil Bjks

Anônimo disse...

Poeta, você nos brinda com uma nesga de beleza de " A DIVINA COMEDIA DE UM MOMENTO SOLITÁRIO".

Parabéns mais uma vez.

Grande abraço.

Anônimo disse...

Linda poesia, envolvente, sonhadora!
PArabéns!

Anônimo disse...

Poeta, nos momentos que a natureza montra a nossa pequenez, nestes instantes é que sentimos a grandeza dos nossos sentimentos, o que levamos no coração, paramos pra ouvir nosso Eu, nossas verdades, nosso amor. O bom é quando sentimos que existem corações a bater, sonhos a querer, que existimos pra alguém em algum lugar do planeta! Lindos teus sentidos, tuas palavras!!!

Parando um pouco na menor das estrelas,
vejo refletido meu coração que chora de lembrança,
que ri de saudade, que promete retorno.

Por isso, estrela maior de minha vida,
segue sorrindo a tuas irmãs do céu,
pois em sol, voltarei para roubar
de vez, teu coração.

A saudade aumenta cada instante quando temos um amor no coração,e estamos longe, podemos viver em harmonia com nossa alma, mas não com nossas vontades. Acorrentamos nossos coração com correntes invisíveis e suaveis, só assim podemos suportar! Parabéns meu menino! Te beijo com saudade!