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30 de jun. de 2008

Absorvendo Acontecimentos......


Ontem após a festa de aniversário de minha mãe,
os 80 anos mais maravilhosos do mundo.
Um grupo de amigos aqui dessa cidade,
resolveu levar-me para conhecer alguns
lugares bons na noite de sábado por aqui.

Rodamos um pouco,
paramos aqui e acolá,
mas eu estava afim mesmo era de ficar quieto.

Sentamos num bar, perto do rio.
Lugar legal, sem muita gente,
atendimento cordial.
Simpático mesmo o lugar.

O papo corria solto,
ia da política ao sexo dos anjos.
Nessa altura eu queria uma caneta e
um pedaço de papel.
Queria sair dali e entrar nos mundos dos poetas
que me cercam.
Logo apareceu uma caneta,
daquelas porosas, gosto dessas e
algumas folhas de uma agenda,
que nem lembro quem me deu,
acho que foi Roberta.

Como o papo começou a ficar mais intimo e
como não sei e não gosto de falar de mim,
voei e iniciei minha viagem.

Estava difícil de escrever então,
pensei muito, antes de juntar minhas letras,
o que é incomum, gosto de escrever e pronto.

Até que a coisa ia bem,
escrevia sobre o Brasil,
minhas idéias, meus pressentimentos
e certezas.

Quando do céu,
só poderia vir do paraíso,
uma menina de uns vinte e cinco anos
no máximo, sentou-se,
com mais duas amigas.

Ela, uma morena,
simplesmente maravilhosa.
Novinha tá certo, mas como dizem,
"beleza não tem idade".
Ou tem e ninguém assume....?

Como ela usava uma mini-saia,
bem mini mesmo,
suas pernas ficaram toda a mostra.
Por mais que eu me concentrasse
no que queria escrever,
não pude deixar de admirar aquele par de pernas,
bronzeadas pelo o sol forte da Amazônia.

Minhas letras ficaram estáticas de repente.
Não queria ser descortês com meus acompanhantes
e muito menos deixar a menina sem graça.
Parei de olhar e voltei às letras.

Passados não mais que dois minutos,
ela se ajeitou a cadeira e um pouco mais
da sua saia subiu.
Não pude deixar de olhar.
Era um tormento, uma total absorção
ter-se uma estrela, bem ali pertinho e
pensar numa locomotiva.

A coisa foi ficando preta,
ou melhor, branca,
já que a cada cruzada de pernas,
mais elas se mostravam insanas,
desumanas,
pecaminosas.

Nessa altura,
Brasil escrevi com z e meta,
virou metamorfose e por ai vai.

O pior é que cada vez que ela se mexia,
começava a aparecer sua calcinha,
que por maldade do destino,
era branca e quase transparente.
Deixando apenas uma idéia do que
seria ganhar um "sim" e poder
percorrer tudo o que cada fio do algodão,
cobria daquele corpo

Falando serio,
não poderia mais aguentar aquela
maravilhosa tortura.

Virei-me totalmente de costas
para a mesa da morena e pensei
na situação agrária da Argentina,
em como o será a próxima reunião
de Doha.

Enfim pensei em tudo para afastar minhas vontades
e meu ímpeto de levantar e cumprimentar a menina.

Bastaria eu dizer simplesmente:

_ Como você é bonita, obrigado.

Passados alguns minutos,
voltei a olhar a tal mesa
das meninas e vi que ela estava
ainda mais a vontade,
só que agora ela pegou-me olhando e
um pouco sem graça,
se ajeitou acabando assim
com meu sofrimento.

Bem, voltando ao que escrevia,
perdi o fio,
o barbante ou o que seja
da meada.

Mas me veio uma idéia que talvez , vocês mulheres
possam me ajudar e acabar com essa minha duvida...

_ Existe alguma calcinha-absorvente,
ao menos de pensamentos?



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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

3 comentários:

Nanci Cerqueira disse...

Poeta, fantástica esta comemoração... 80 anos, lindo! Parabéns poeta, por ter este privilegio de estar junto da pessoa mais importante da tua vida e comemorar todos estes anos, poucos conseguem esta alegria. Diga a Dona Ritinha que o maior presente que ela pode ter, que sei que ela sabe disso, ela já tem, que é ter você perto dela e você é que merece os parabéns por ser filho dela!kkk

Poeta, teu poema é bonito, mas tua pergunta é difícil responder, acho que não inventaram ainda não, se tivessem inventado uma calcinha-absorvente de pensamentos seria uma campeão de vendas!kkkk
Fantásticos teus pensamentos... não tem concentração certa nestes momentos!kkk

Ontem após a festa de aniversário de minha mãe,
os 80 anos mais maravilhosos do mundo.
Um grupo de amigos aqui dessa cidade,
resolveram levar-me para conhecer alguns
lugares bons na noite de sábado por aqui.

Rodamos um pouco,
paramos aqui e acolá,
mas eu estava afim mesmo era de ficar quieto.

Sentamos num bar, perto do rio.
Lugar legal, sem muita gente,
atendimento cordial.
Simpático mesmo o lugar.

Parabéns Dona Ritinha!!!

Parabéns menino Rilton!!!kkk

Beijo vocês com carinho...

R.Cássia Púlice disse...

Instigante relato de quem tem "sangue quente" nas veias... rss... Bjks

Dryka disse...

Rs...acredito que a calcinha não existe...mais meu desejo,meu corpo,com certeza absorveriam os seus pensamentos e saberia exatamente o caminho.rs...bjos meu sonho.Parabens à sua mãezinha.