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20 de set. de 2009

PALAVRAS SOLTAS...



Nessas madrugadas claras e incessantes,
buscamos palavras rotas, singelas, gastas,
até amargas...

Por momentos, palavras soltas,
estão mortas na boca, como morto está o desejo
em palavras que tardam a brotar,
na insana esperança, de hipnotizar teus lábios...

Letras são teimosas, orgulhosas de seu poder.
Apenas do amor tem medo e do amor,
apenas dele, aguardam ajuda...

Ilusão de vida e amores,
trazem o dia e que para sempre,
o amor lhes sirva de travessia,
de ponte, de sanidade...

Acordes bonitos embalam a verdade
que um velho amor lhes deu a perceber.
Já que nem sempre a boca que as espreita,
palavras doces ofertaram ofegantes e prontas,
vindas de tristes corações vadios...

Teus olhos...

Teu olhar, por vezes, escreveu em meu corpo,
letras de vontades indecifráveis.
Seriam acenos de desejo, refletindo o fogo
de tua emoção?

E com tuas mãos nas trevas,
fitavas com o tato,
minhas presenças de homem.
Estanquei perdido, receando que descobrisses em riste
meu afã por teu sabor, teu corpo, teu veneno...

Na resposta depois do final, te fiz outra vez minha
e na quietude do teu corpo em descanso,
descobri que ainda escondes mistérios,
maneiras por decifrar, momentos só teus...

Mas a noite, por si só era infinita e com a paz
mais profunda, te fiz maldita com meu amor...

No instante seguinte,
peguei-me dizendo adeus.

Isso só e nada mais...



Sorriso


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Um comentário:

R.Cássia Púlice disse...

Palavras soltas nunca morrem, pois dão vida a sentimentos sejam quais forem.
E a vida sempre brota em palavras que nunca se gastam diante de um olhar...
Bjks!