Cole o Código do Banner

15 de jan. de 2010

Paradoxo de Amor...



Sei que o amor que nutro por ti
é sem explicação, sem receita, sem certezas ou duvidas.

Apenas, é...

No momento, a tua cabeceira, onde serena repousas teus anos de amor, dor, luta e sapiência.
Apenas cabe a mim, te observar.
Aprender a absorver o amor que me tens.
A paciência que teu conhecimento de mim,
te faz perdoar e acarinhar meu ego, minhas vontades e também
reprimir meus arroubos, minhas iras, minhas certezas só minhas.
Tentar o possível ao nosso possível conhecimento, trazer-te de volta.
Fazer com que na tua fragilidade, continues a representar a nobreza do amor que sentes, que é sem medida, eterno....todo.

Amor...

Todos tem medo da morte, é certo, mas...

Será que uma morte vale mais que outra?
Tentando agora não comparar morte e vida, apenas a morte.

No bom senso de nós, humanidade, tu, minha pequenina professora, te despedirias primeiro que eu...
É esse o caminho natural do destino.
Poderia e seria o mais sensato aceitar assim.

Mas...

Não posso aceitar isso, mas reclamar com quem?

Não um alguém criado pelo homem, ou um livro negro escrito por homens, ou entidades caridosas que humoristicamente brincam de sofrimento com inocentes criaturas do Haiti, de Angra, dos desesperos, que apenas, nós homens, sim, somos os culpados.
Nada de um deus que parece só poder punir quem mais sofre...

Conversar comigo homem é não desejar tua morte.
Tua partida seria como levar a maior parte do meu coração.
Mas e o teu amor, esse que sentes como mãe.

É mais certo, dizem os entendidos, que eu sim, parta primeiro e é justo isso que me faz tanto mal, que me deixa desumano, animal impotente contra as regras dos caminhos.

Se te fores, meu sofrimento será atroz, definitivo, aterrador.
Mas e se for eu a partir e te deixar?
Sei que sofreras muito mais, chorarás lagrimas maternas incomparáveis.

Teu amor assim como teu sofrimento, não podem ser medidos.
Mas se pudesse determinar quem iria deixar quem primeiro, queria que fosses na frente, não por minha vida, que essa pouco vale, mas assim poderia evitar teu sofrimento de perder um filho.

Então dona Ritinha, nunca leia essas letras, mas desde já peço te desculpas se o destino quiser que eu te deixe antes.

Me perdoe, desde já, por te fazer sofrer mais que de amor.
Mais que tudo.

Por isso fica boa e me cura também,
pois de amor, ninguem morre,
apenas de saudade.



Creative Commons License

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

4 comentários:

R.Cássia Púlice disse...

Meu carinho e respeito...
Bjks.

Unknown disse...

RILTON
QUERIDO AMIGO...HOJE COMPREENDO CADA VERSO TEU NESTE POEMA...QUE DOR...QUE SAUDADE...QUE VIDA..QUE SILENCIO...
UM GRANDE ABRAÇO..BEM FORTE MESMO...
JA

Tania Medeiros disse...

Muito sentimento em tuas letras!
Mas .............
Como existir morte, meu anjo, se a vida é eterna?

Nanci Cerqueira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.