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17 de jun. de 2011

Agradecimento...



Chegando tarde em casa,
fugindo do frio dessa cidade sem coração,
mas com muitas emoções que persistem em romper as camadas espessas
dessa poluição degradante do individualismo.

Não mais queria escrever hoje, amanhã, um dia...quem sabe...?

Acostumei-me a juntar letras, quando meu coração apenas sorria.
Nunca gostei de colar palavras em momentos de dor.
Houve um tempo em que fora essa a nescessidade.
Momentos intrigantes recheadas de emoções políticas,
sonhadoras, inocentes demais.

Com o tempo, adquirimos o defeito de ler nas entrelinhas,
nas intenções veladas.
Por isso, não assisto muito à vida alheia.
Gosto de filmes e vidas que falem da dor vencida.

Hoje, por uma concordância do destino, vi um filme simples,
não famoso, que contava uma estória real.

Não contarei o filme, até porque, minhas entrelinhas
não são as de vocês.
Cada um tem as suas e que delas cuidem.
Apenas descrevo a emoção forte que me fez ter lágrimas
insistentes, doídas, quentes e secas.
Soluços contidos, vergonha estúpida de uma sensibilidade
repentina.


*** Injustiça lembrada***
O Presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama laureado com o premio Nobel da Paz.

QUE PAZ?

Para eles, os americanos, não é difícil apagar uma feia
prepotência em Copenhagen, por um nome na historia
com escolhas imerecidas.

Mas as trocas e as situações são assim mesmo...

No filme, uma menina de quinze anos, mostra toda uma luta
em vencer dificuldades, abandono, trabalho duro
e o sucesso que para ela, assim quis sua força.

Sinceramente não sei o nome do filme, mas em uma das passagens,
aquela lutadora percebe que nem o pior dos caminhos,
o mais difícil dos destinos tem o poder de ditar vidas
assumidamente difíceis.

Foi nesse momento, que na pequenez desse meu coração,
percebi que tenho sido injusto com as pedras, as curvas cegas,
os homens de branco, as perdas, as saudades de amores vividos e
o "gostar" doloroso e derrotado.

Não podemos deixar que situações, circunstancias reais de vida,
façam-nos prepotentes a ponto de nos perguntar.

...Mas porque comigo?
...Tenho certeza que não merecia tal sorte ruim.
...Que azarado sou, perdi o rumo, o amor, o ente amado.
...Por que logo comigo acontece tudo isso?

Filosofia barata de quem pensa ser diferente, maior, imune.

Somos apenas figurinhas banais nesse álbum de verdades que nos
proporcionam os caminhos que escolhemos.

Torci para o filme não acabar.
Queria mais força daquela estória real.
Tentei manter a inveja viva e boa, da menina que lutou contra
suas próprias definições de fracasso.

Mas acabou...

Enxuguei as lágrimas, empinei o nariz e admiti que ainda
sou muito pequeno e incompetente na arte de viver com a
verdade que nos é imposta no dia a dia de sorrisos e lágrimas.

 
É assim e ponto...

Obrigado dona menina, por acender mais uma vez a luz do meu gostar.


Sorriso

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2 comentários:

R.Cássia Púlice disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
R.Cássia Púlice disse...

É muito bom, na verdade, sabermo-nos eternos aprendizes... E em condição de.
Pena que machuque... Mas nos fortalecemos para continuar o aprendizado.
Bjks.