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27 de abr. de 2007

Eu disse , tenho certeza...


Com o rosto ainda
vermelho, sem vergonha
alguma, me perguntaste
ainda com o corpo trêmulo.

_ Como te vejo agora,
nesse momento?
_ Como eu gostaria que
você fosse agora?

Pego de surpresa, mas
convicto de dizer apenas
o que sinto, sem pensar
em gentilezas,
rebato sem titubear...

_ Quero te ver louca,
rolando despudorada
na cama.
_ Sentir o calor de teu
corpo e alma em chamas,
que me levam aos céus
dos infernos.
_ Quero te ver linda
e menina.
_ Vestida em tua calcinha
branca de algodão.
_ Feito fera-pantera,
mulher em doce cio.

_ E já que perguntastes,
sabe do mais gosto?

_ De te dar banho,
de água corrida, gelada,
para sentir em minha boca
teus seios crescerem,
teus mamilos roçarem
firmes e durinhos,
em minha língua afoita.

_ Gosto de passar perfume
meio-doce, em teu corpo,
te cobrir de algodão fino,
te despir sem pressa.

_ Gosto de te preparar
dócil e sapeca, pois
nessa hora és mansa,
pequenina, adorando
meus carinhos.

_ Depois, te enviar flores,
ficando alheio a tudo,
tentando te adivinhar
em sorriso.

_ Te mando junto chocolates,
doces e amargos, que sei
adorar.

_ Ei menina, volta aqui.
_ Porque estas assim?
_ O que mais queres de mim?

_ Faltou você dizer que me ama.
_ Mas eu disse.
_ Disse não, eu não ouvi.
_ Claro que disse e mais de
uma vez.

_ É, parece que nada pode
substituir o tal "eu te amo".
_ Paciência.
_ Mas que eu disse,
eu disse.



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5 comentários:

AMELIA disse...

Adorei este poema!
Muito sedutor, uma preparação para o amor, me deixou arrepiada, principalmente no final, e tens razão, nada sibstitui o "Eu te amo"
Beijos

Anônimo disse...

Poeta, um coração nunca escuta direito o "eu amo você", sempre pede para ouvir novamente.
Essa poesia é assim, simples, direta,sensual ... como um beijo acompanhado com o agredoce de um chocolate.
Muito linda. Adorei!

R.Cássia Púlice disse...

Gosto da maneira que descreves a paixão, com frenesi, direto, sem timidez, porém, sem chocar ou ser vulgar. Muito bonito ! Bjks

Ana Wagner disse...

Aiaiai, que caliente!
Lindo poema, Rilton.
Estava com saudades de passar
aqui e viajar contigo. beijo

Anônimo disse...

Poeta, quando amamos sentimos os mínimos detalhes, parece que o amor nos deixa com a terceira visão acentuada, e quando é de costume ouvir “ Eu te amo” e não se ouve, agente sente imediatamente, sente saudade destas três palavrinhas mágicas, que é um combustível na engrenagem da vida. Amar é fantástico, dizer que ama sem medo é mais fantástico ainda!!!


_ Ei menina, volta aqui.
_ Porque estas assim?
_ O que mais queres de mim?

_ Faltou você dizer que me ama.
_ Mas eu disse.
_ Disse não, eu não ouvi.
_ Claro que disse e mais de
uma vez.


O amor é uma plantinha, uma avenca, super delicada, sensível, necessita de muito cuidado, de ser regada e acarinhada. O que rega o amor, além da confiança, cumplicidade, lealdade... é “Eu te amo” e só podemos ouvir bem este grito com os ouvidos da alma!!! Lindo teu poema Poeta! Um beijo!