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28 de ago. de 2008

Gana, Vontades e Carinhos...



Com muitos olhares,
me provocavas.
Com meio-sorrisos,
me deixava aceso.
Com jeitinhos,
me fazia curioso.
Com malicia,
me levava a loucura.

Com sabedoria, partias...

Ontem à noite,
mesmo tímido,
não te deixei partir.
Segui teu rumo.
vi tua casa e sem
cerimônia cheguei.

Entrei,
Bati a porta com força,
chutei a educação,
matei o bom senso,
te arrebatei com um beijo
raivoso, puro,
gosto de paixão-sangue.

Te conquistei...

Nesse instante,
meu coração se tornou teu.
Tua altivez, tua rebeldia,
vontades e pensamentos,
eram meus.

Quisestes juras de tesão e amor,
mas juras não fiz.
Quem quer não jura,
nem diz, mostra e
você moleca e dengosa
se entregou toda,
sem pecado,
sem traumas
ou resistências.

Como desvairada,
louca e atrasada nesse nosso tesão,
revelaste-me todos os teus segredos,
tuas taras e vontades.
As virtudes mais tuas,
mais intimas.

Te possui com gana.
Arranhastes minhas costas com raiva.
Não podias evitar o que sentias.
Não conseguias deixar de querer
dar-me o teu prazer,
complicado,
altivo,
só teu.

Te peguei toda,
de cima de teus montes,
aos baixios de teus lagos.
Fiz e desfiz o que gritavas
e o que pressentia que querias,
te conhecendo de varias formas,
muitas de você em uma só.

Nos possuímos com todo ardor,
com toda a tua malícia,
com todo o meu fogo guardado.

Não cansavas,
querias sempre mais.
Pedias força,
marcas e sangue.

Olhavas-me nos olhos e sorrindo,
desafiava-me para mais uma busca.

Nesse olhar surgiu um leve sorriso.

- Preciso fazer xixi.
- Espera aqui, não te vá,
que vamos "do fim até o começo"
a noite toda.

_ Respirei fundo.
_ Pensei nas vontades,
nas maneiras e mudei
meu olhar.

Ao voltares de corpo frio,
do banho cheiroso,
te abracei e te fiz
minha menina com calma.

Te dei carinho,
percorrendo teus pontos
com vagar, tocando-os
com suprema delicadeza.

Fui aos poucos fazendo teu corpo
tremer em espasmos suaves,
sentidos, sem pressa.
Fazendo você se entregar
sem sangue, sem garras,
apenas sentindo o calor crescer
suave por teu corpo,
aumentando aos poucos
tua ânsia pela busca
do final.

No momento exato,
abristes teus olhos,
procurando pelos meus
e num sussurro lindo,
bem pertinho de meu ouvido,
disseste...

- Fica assim sobre mim... pra sempre.

Te acolhi num abraço.
Te juntei ao meu peito.
Te fiz adormecer,
recitando versos e
canções.
Palavrinhas doces,
te dizendo como és linda,
como és minha.

Coisinhas assim,
a dois,
para depois do amor...



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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

3 comentários:

Unknown disse...

Rilton...
Que homem é este...meu DEUS..
Como consegues...transcrever cada letra...cada vontade nossa...
Como consegue..
Diz..baixinho...susurrando nos ouvidos nossos...
O que te faz..assim..um homem NADA COMUM.....

Anônimo disse...

Eita que a saudade tá ficando grande demais, viu?
Como é que é?
Voltamos ou não? rs...
beijo aí... bem carinhoso.

PS... Que tesão esse teu poema....harrrrrrrrrr

Anônimo disse...

Poeta, este poema como muitos teus, é uma verdadeira viagem, uma viagem a momentos sonhados por todas as mulheres... você descreve com beleza a unificação de corpos e almas, a beleza do amor, a beleza da vida! Encanta, cada palavra, cada sentido... Parabéns menino!


Fui aos poucos fazendo teu corpo
tremer em espasmos suaves,
sentidos, sem pressa.
Fazendo você se entregar
sem sangue, sem garras,
apenas sentindo o calor crescer
suave por teu corpo,
aumentando aos poucos
tua ânsia pela busca
do final.

...e num sussurro lindo,
bem pertinho de meu ouvido,
disseste...

- Fica assim sobre mim... pra sempre.
...

Esta frase... esta ai de cima é simplesmente fantástica!!!

Te beijo com muito carinho