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12 de ago. de 2009

Asas de Ilusão ...



A breve chama brilha rápida no estado
escuro do pensamento nebuloso da impotência
de voar sem aço, sem asas, sem dom.

Quero ser o pássaro abençoado sem o coração do homem.
Bicar nuvens, sorrir para o vento, escapar das chuvas.
Ser feliz no espaço de corações alados, de lindas
passarinhas loucas e coloridas.
Sentir em minhas pequenas penas, o roçar matreiro de biquinhos
doces e curiosos.

Quero que elas, matreiras e arredias,
voem sobre mim, sabedoras do seu poder,
destilando o tempo no aquém do momento real
do bicar de novos encontros.

No convívio diário com nuvens e espaços ilimitados,
muito além do tempo estimado para a volta,
vou rompendo o espaço da compreensão, do desejo do vôo
compartilhado, trilhando ares e lugares inalcançáveis.

Alguns pássaros potentes e errantes pregam que
voar sobre sonhos alem das ilusões e das vontades,
faz com que penas e corações se arrependam das jornadas
ao desconhecido.

Talvez por certo, em suas asas de prata rala,
persistam encontros tardios com bicos gastos,
sem aventura, sem o brilho dos sonhos.

A solidão nos traz asas de bronze fundido,
ardido pelo fogo, contorcidos pelas desilusões.
O dar de asas, plainar acompanhado, trazem
céus límpidos, ares suaves, nuvens sorrindo.

Com asas de ferro, cuidado se deve ter,
pois com seu brilho diluído no marrom dos velhos caminhos,
percorridos nas ocasionais térmicas quentes,
cintilam devaneios perigosos, sem ilusão ou paixão.

Então você, pequenina luz que voa em meus sentidos,
dê tuas asas.
Quero senti-las quentes, limpas.
Quero voá-las, filtrando o ar dos pequenos amores e antigas perdas.

Sei que és real na imensidão infinita dos meus desejos.
Na ilusão do meu querer, no acreditar em nosso plano de vôo,
que hoje, brilhante, transmitem chamadas a você,
nos meus vôos em solidão.

Fique calma e mantenha limpas tuas penas,
que sem perceberes, te farei voar a realidade do amor buscado
e que nem de asas reais precisará para tornar-se
o melhor dos infinitos, em pura realidade.


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Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.

2 comentários:

Nanci Cerqueira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
R.Cássia Púlice disse...

Quiçá todos pudéssemos ser pássaros, flutuar em liberdade, e alçar vôos plenos sem os ranços do coração humano de Ícaro...
Bjks!