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20 de out. de 2011

Fim de caso ...



Cumprindo o compromisso da entrega de
um pedaço de vida sonhada, vivida, chorada...

Chego...

Ao abrir a porta, sinto que o mundo ainda respira você
nessa casa quase vazia...

Seguro e consciente do destino, nunca imaginei
que assim fosse sentir.
Nesse momento, apenas o ruído de meus passos marcando a solidão do chão áspero, onde ritmado soam no silencio estranho da minha surpresa-tristeza.

Realmente não pensei sentir assim, mais uma vez...

Desabo na velha cadeira preta, tão cúmplice de letras e entregas rápidas, na vã tentativa de reviver o ultimo momento de nós dois, onde beijos e vontades foram tão postos à prova e provados...

A casa vazia assusta à futura realidade de planos e caminhos novos...

Louco sonhador, sem resistências já para tentar alterar o destino, que eu mesmo tracei.

Indago ao sentimento da saudade e perguntando-me absorto em lembranças...

_ Por que ainda sinto tua presença tão forte aqui...?

Agora, dou graças a todas as paredes mal pintadas do apartamento, quem sem espelhos de você,
levam-me a outra realidade, que terá ser definitiva...

Que poético é a saudade dos outros...
a nossa é uma merda.

As paredes parecem que gritam pra mim,
ou melhor, sussurram aos meus ouvidos
que estou só, nessa casa,
tão cheia de você...

Não suportando aquele momento de pura realidade e
sem as desculpas das circunstancias,
abro a porta e saio.

Quando do bater da porta é que sinto meu coração
desprovido do teu, ouço no ultimo momento
a chave pendurada, num canto remoto do coração,
trancado por dentro longe do teu.

E neste ato de espera,
curioso,
consciente,
de que nada se fez pelo nosso amor...

Sigo, respiro fundo, faço contas à vida.
Prometendo-me que o tempo não passe por mim,
mesmo que seja longe e sem sonhar com
nossas permanências mais uma vez...

Porque, na realidade,
a vida nega-se veementemente
a te sonhar no amor...



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Um comentário:

Angela Maia disse...

Pôxa poeta. que forte deve ter sido esse teu amor.
Parabéns pelas letras tão cedo do dia.

Beijocas.